domingo, 12 de outubro de 2008

Titãs em Rio Claro

Foto: Klaus Lautenschlaeger

Puro Rock n' Roll!
O imbatível e insuperável rock nacional que hoje praticamente já não existe mais em bandas novas.

Oriundos de uma época da música onde, no Brasil, também faziam parte Paralamas do Sucesso, Ira!, Capital Inicial, entre algumas outras, os Titãs vieram a Rio Claro neste sábado (11) e se apresentaram no Ginástico, com casa cheia. Os remanescentes Paulo Miklos, Sérgio Britto, Branco Mello, Tony Belloto e Charles Gavin (Arnaldo Antunes e Nando Reis saíram; Marcelo Fromer faleceu), tocaram clássicos da banda e músicas mais recentes, deixando os fãs presentes muito bem entretidos por cerca de uma hora e meia de espetáculo.
Como de costume, abriram com "A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana". Depois, imendaram a ótima "Domingo", das antigas. E nessa toada foram apresentando o mais entusiasmante show dos últimos tempos no GG, em Rio Claro.
Dois pontos altos que eu gostaria de destacar: em um período da apresentação, ficam apenas os cinco integrantes do Titãs no palco. Normalmente, eles têm mais dois músicos adicionais, que ocupam as vagas de Nando e Fromer. Porém, nesse intervalo de tempo do concerto, Branco vai pro baixo e Miklos pra guitarra. Muito bacana! O outro ponto alto foi, pra mim, "Lugar Nenhum". Uma música raíz dos Titãs, rock de primeira, e com um tempero ao final dela: um duelo de guitarra entre Tony Belloto e o outro guitarrista. Tony, aliás, que continua sendo fenomenal no palco, tanto com seu talento com a guitarra, quanto por suas composições impetradas no repertório dos caras. Quem compareceu, certamente teve uma baita noite!!!

CLIQUE AQUI para assistir o vídeo de "Sonífera Ilha" feito por mim no show de sábado.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O retorno magnético do Metallica

Lançado em setembro, o mais novo álbum do Metallica é um petardo. Sucessor do criticado "St. Anger" (2003), o aguardado "Death Magnetic" (2008) é de acordo com o próprio vocalista James Hetfield, um "...and Justice For All" da nova geração. Não vamos nos esquecer de outro detalhe importante: é o primeiro disco com o baixista Robert Trujillo na banda.
"Death Magnetic" é composto por 10 faixas. O que chama a atenção no Metallica, pelo menos pra mim, é que não é só barulho. Kirk Hammet está sempre bem posicionado com riffs de guitarra que dão personalidade ao som. As bases e o dueto que Hetfield faz com ele também continuam impecáveis. E Lars dificilmente faz algo ruim na bateria. Mas vamos a uma breve análise de algumas canções que gostaria de destacar:

1. "That Was Just Your Life" (7:08) - O coração palpitante do início junto com um dedilhado calmo iniciam uma das melhores do disco. A velocidade e a pegada vão aumentando com o passar do tempo. Destaque para o solo de guitarra perto do fim da música.

2."The End of The Line" (7:52) - Essa vale a pena. Vai agradar os velhos fãs de Metallica. O solo curto e cheio de wah-wah de Hammet dão o tempero.

4. "The Day That Never Comes" (7:56) - Uma das mais acessíveis do disco. Muito boa e bem trabalhada. Se for pra viajar um pouco, a parte dedilhada da intro soou como uma mistura de 'The Unforgiven II' com 'Fade To Black'. Termina com minutos de delírio sem vocais.

5. "All Nightmare Long" (7:58) - Ótima pedida. Cheia de energia. O refrão te prende.

6. "Cyanide" (6:39) - Foge um pouco do senso comum, e é uma das que mais dá espaço para o baixo. Uma das melhores.

7. "The Unforgiven III" (7:46) - Piano e violinos na introdução. Eu esperava muito da terceira versão de The Unforgiven, e minhas expectativas foram superadas. Um show. A mais melódica e de ótima letra.

9. "Suicide & Redemption" (9:57) - A mais extensa e de sonoridade mais variada.