
"Amigo, dinheiro tô sem... posso te doar uma música?!"
Não, não. Não é neste sentido comum e corriqueiro que a pergunta-chave está baseada. Li dias atrás uma notícia sobre o Greenpeace, entidade que trabalha em prol do meio-ambiente. Nela, estava escrito que João Gordo, vocalista da banda punk/hardcore Ratos de Porão, estava doando uma nova música para o Greenpeace. A música, entitulada "Amazônia Nunca Mais", seria usada pelo órgão de defesa ambiental, de alguma forma, em suas campanhas. Só não se sabe como. Pois é, como?
As letras do Ratos de Porão são em português, e dificilmente vemos tais instituições originárias do exterior agirem ou fazerem campanhas no Brasil. Além disso, a banda de João Gordo é underground. A questão é que a intenção é boa. Quem dera se bandas populares e milionárias fizessem outros tipos de doações, como shows beneficentes por exemplo, sem precisar dos raros surtos de boa vontade da iniciativa privada. O Ratos de Porão é uma banda de garagem ainda, com todo respeito. Não tem recursos sobrando, muito menos fama junto às massas. No máximo dá pra doar uma música.
Enfim, para o raciocínio lógico deste tema não evaporar em meio à críticas como essas, e para que a idéia principal deste texto não desabe em um poço aparentemente sem fundo, vamos colocando um ponto final, não é? Se bem que ainda não entendi como se doa uma música.
Letra da música "AMAZÔNIA NUNCA MAIS"