sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

MTV sem o M

Já não é mais novidade pra quase ninguém a notícia de que a MTV Brasil, canal que me trouxe aos ouvidos e aos olhos o rock 'n roll, cessará a exibição de videoclipes em 2007. O quê?! Uma emissora de televisão que nasceu com o intuito de justificar seu nome de Music Television, retirar seus vídeos musicais da programação definitivamente? E pra colocar programas sobre comportamente e moda no lugar? Parece coisa de maluco.
Mas é mesmo! Não entendo e nunca vou entender essa atitude da direção da emitiví. Ou seria emotiví?
Achei! Sim, achei o lado bom da postura anti videoclíptica da versão tupiniquim da MTV americana. Não serei mais obrigado a assistir clipes de bandas da modinha, nem de rappers gringos que buscam rimar carangas importadas com jóias douradas e mulheres peladas. Boa, emotiví!

Boa é o caramba, já pararam pra pensar que a culpa de tudo isso é do povo? A massa espectadora da MTV foi quem tirou do ar bandas clássicas e talentosas como Red Hot Chili Peppers, Audioslave, Pearl Jam, Queens of the Stone Age, entre tantas outras, para colocar na telinha as tresloucadas tristes e com prazo de validade estipulado do My Chemical Romance, Good Charlotte, Simple Plan e por aí vai.
O Disk MTV, há 16 anos no ar, será levado para as profundezas junto com essa enxurrada de mudanças radicais. E parece que foi ontem que assisti a estréia de "Scar Tissue" dos Chili Peppers em 1999, minha guinada definitiva para o mundo do rock, do funk, do blues, do punk, do jazz...
Justiça seja feita. Pelo menos a MTV teve a sensatez de colocar sua melhor e mais bela VJ para apresentar o derradeiro Disk: Luisa Micheletti.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

A boa música ficou banguela

"A maioria das pessoas não reconheceria boa música nem que ela viesse mordê-las na bunda."

Essa frase do lendário músico e guitarrista Frank Zappa jamais fez tanto sentido se analisarmos de forma conceitual e crítica a evolução da música ao longo do tempo. Esse comentário duraria páginas e mais páginas, por isso o que quero realmente dizer vocês saberão a partir de agora.
Dias atrás, James Brown, o pai do Funk e do Soul, deixou este mundo para se juntar a Elvis Presley, John Lennon e tantos outros em algum lugar perto do desconhecido. Pergunte a um jovem contemporâneo na rua: você sabe quem foi James Brown? Possivelmente a resposta será "não sei não, moço".
Gosto musical se discute sim. Não se contraria, mas se discute. E quem gosta do batidão carioca, do pagode ordinário e do chamado emocore (que hoje se tornou nada mais que um estilo popular do bizarro, já que aquilo lá não é música), tem que compreender que artistas do naipe de Mr. Brown não representam o ultrapassado. Representam o passado que deveria ser o futuro, mas que infelizmente não é. A música que um jovem alienado e profundamente vítima de um mundo idiota e de gosto popular distorcido ouve, será modificada daqui a alguns dias, meses, ou no máximo poucos anos. Não existirá mais, e pelo andar da carruagem, será ainda mais vazia e de péssima qualidade, já que taxá-la como sendo de qualidade duvidosa seria um elogio muito estridente. Acho que a boa música não tem conseguido mostrar suas presas e morder o traseiro de muitas pessoas.
Em meio a baixarias, gritos de desespero e muitas "bundas", lembro-me de uma frase de Frank Zappa. Uma em que ele achava que pessoas tem acesso à boa música, mas não percebem o quanto ela é agradável em sua essência. Alguém tem essa frase pra me mostrar aí? Queria muito ler.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

O prazer é todo seu, ou não

Não sei por que diabos tenho que me apresentar antes de desferir palavras contra os olhos de quem está me lendo neste exato momento. Mas ok. Sou Klaus e tô aqui pra escrever minhas análises sobre determinados assuntos, assim como opiniões sempre abalizadas e quase sempre utilizando toda sensatez que Deus me deu. Mas não se assustem se qualquer dia desses entrarem aqui e se depararem com textos e composições de minha autoria, já que eu faço letras de músicas pra minha banda e pra mim mesmo. Sou um quase-jornalista, gosto de escrever, pô.
E tenho pessoas que sigo. Meu ídolo é John Frusciante, e ele toca guitarra. Mas meu ídolo é Anthony Kiedis, e ele é vocalista. Porém, tenho um ídolo chamado de Flea, que toca baixo. Contudo, meu ídolo se chama Chad Smith, e ele golpeia sua bateria com extremo ritmo. Todos eles trazem à tona uma energia funky. Ainda tenho como ídolos Raí, Rogério Ceni e Diego Lugano, que atuaram no meu amado São Paulo Futebol Clube (Ceni ainda atua). Meus ídolos são meus pais, minha família em geral e, por que não, meus amigos e amigas. E quem mais aparecer na minha vida e que eu, em reunião comigo mesmo, defina como meu novo(a) ídolo(a). Ah cara, não concordo com o ex-guitarrista do Jane's Addiction e hoje integrante do Panic Channel, Dave Navarro. Ele fez um álbum com o título de "Trust No One" (Não confie em ninguém). Mas eu tenho sim em quem confiar. Reduzidos, mas existentes. Pode deixar, tô de olho...